Data: 02-04-2012
Criterio:
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
A espécieocorre entre os Estados da Bahia e Paraná, com EOO de 1.244.429,9 km², inclusive em unidades de conservação (SNUC).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Ocotea daphnifolia (Meisn.) Mez;
Família: Lauraceae
Sinônimos:
A análise dos protólogos e materiais-tipo de Oreodaphnerariflora e Oreodaphne verruculosa demonstram serem sinônimos de Ocoteadaphnifolia, compartilhando como características diagnósticas da espécie,folhas cartáceas, elípticas ou lanceoladas com face abaxial enrugada e floresmonoclinas com anteras sub-retangulares ou ovais, levemente papilosas e compontuações glandulares. Os frutos são elipsóides, sobre cúpula pateliforme, debase obcônica avermelhada com lobos decíduos (Quinet, 2008).
Foram amostrados 11 ind. na Reserva Florestal do Morro Grande,Cotia, SP (Catharino et al., 2006); dois ind. em área fragmentada(0,5ha) em Silva Jardim, RJ (Christo et al., 2009). Kohler (2001) estimou 60ind./ha no Morro do Vigia, e 50 ind/ha no Morro do Anhangava, ambos na Serra doMar, PR. Foi registrado um ind. (DA: 2,28 ind./ha) na Estação Ecológica doParaíso, Cachoeiras de Macacu, RJ (Kurtz; Araújo, 2000). Em uma floresta emJuquitiba, SP foram amostrados dois ind. por Pliseil et al. (2010). No Parque Estadual Carlos Botelho, São Miguel Arcanjo, SP, Aguiar (2003) amostrou sete ind. (DA:1,22 ind./ha). Em estudo de 12 fragmentos na porção sul da Chapada Diamantina, BA, O.daphnifolia foi uma espécie bastante comum ocorrendo em todos os fragmentos(Nascimento et al., 2010).
Ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Quinet et al., 2011).
Árvore de 3,5 mde alt., monóica ou ginodióica, ramos cilíndricos, lenticelados. Folhas alternas, cartáceas,elípticas ou lanceoladas. Inflorescênciaaxilar a subterminal, botrióide. Flores monoclinas ou diclinas, tépalas densamente áureo-pubérulas.Fruto bacáceo elipsóide, sobrecúpula pateliforme. Floração: novembro a fevereiro e em abril, maio e agosto e frutificação: março a dezembro (Quinet, 2008). Espécie zoocórica. Secundária tardia (Catharinoet al., 2006). Desenvolve-se em Floresta Ombrófila Densa das terras baixas e montana e Floresta Estacional Semidecidual submontana e montana (Quinet, 2008).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Atualmente, a Floresta Atlântica, está extremamente fragmentada, reduzidaa manchas disjuntas, concentradas nas regiões Sudeste e Sul, principalmente emlocais de topografia acidentada, inadequada às atividades agrícolas, e nas unidades de conservação (Kurtz; Araújo,2000).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas protegidas como: Reserva Biológica União, RJ (Prieto, 2008); Reserva Florestal do MorroGrande, Cotia, SP (Catharino et al., 2006); Estação Ecológica do Paraíso,Cachoeiras de Macacu, RJ (Kurtz; Araújo, 2000); Estação Biológica Santa Lúcia,Santa Teresa, ES (Saiter et al., 2011); Reserva Biológica de Poço das Antas,Silva Jardim, RJ (Quinet, 2006); Parque Estadual Carlos Botelho, São MiguelArcanjo, SP (Aguiar, 2003); Reserva Serra da Pedra Lascada e Reserva Particulardo Patrimônio Natural Serra Bonita, ambas no Estado da Bahia (Amorim et al., 2009).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
- QUINET, A. O Gênero Ocotea Aubl. (Lauraceae) no Sudeste do Brasil. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008.
- QUINET, A.; BAITELLO, J.B.; MORAES, P.L.R.D. Lauraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB008441>.
- KOEHLER, A.; GALVÃO, F.; LONGHI, S.L. FLORESTA OMBRÓ FILA DENSA ALTOMONTANA: ASPECTOS FLORÍSTICOS E ESTRUTURAIS DE DIFERENTES TRECHOS NA SERRA DO MAR, PR. Ciência Florestal, v. 12, n. 2, p. 27-39, 2002.
- CATHARINO, E.L.M.; BERNACCI, L.C.; FRANCO, G.A.D.C.; DURIGAN, G.; METZGER, J.P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, v. 6, n. 2, 2006.
- KURTZ, B.C.; ARAÚJO, D.S.D.D. Composição florística e estrutura do componente arbóreo de um trecho de Mata Atlântica na Estação Ecológica Estadual do Paraíso, Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia, v. 51, n. 78, p. 69-112, 2000.
- CHRISTO, A G.; GUEDES-BRUNI, R.R.; SOBRINHO, F.A.; SILVA, A.G.D; PEIXOTO, A.L. Structure of the shrub-arboreal component of an Atlantic Forest Fragment on a hillock in the central lowland of Rio de Janeiro, Brazil. Interciencia, v. 34, n. 4, 2009.
- POLISEL, R.T.; FRANCO, G.A.D.C. Comparação florística e estrutural entre dois trechos de Floresta Ombrófila Densa em diferentes estádios sucessionais, Juquitiba, SP, Brasil. Hoehnea, v. 37, n. 4, p. 691-718, 2010.
- NASCIMENTO, F.H.F.D.; GIULIETTI, A.M.; QUEIROZ, L.P.D. Diversidade arbórea das fl orestas alto montanas no Sul da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Acta bot. bras., v. 24, n. 3, p. 674-685, 2010.
- AGUIAR, O.T. Comparação entre os métodos de quadrantes e parcelas na caracterização da composição florística e fitossociológica de um trecho de Floresta Ombrófila Densa no Parque Estadual "Carlos Botelho" - São João Arcanjo, São Paulo. Dissertação. : Escola Superior de Agricultura "Luiz Queiroz", 2003.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
CNCFlora. Ocotea daphnifolia in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Ocotea daphnifolia
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 02/04/2012 - 13:42:06